Flipelô homenageou o Pelourinho: o coração cultural de Salvador
A Rede LEQT participou da festa literária e realizou, junto com a Flipelô, o debate: “Leitura e escrita de qualidade para todos: um desafio, um compromisso“, que aconteceu dia 11/11, às 16h
A edição especial da Flipelô (Festa Literária Internacional do Pelourinho) aconteceu de 10 a 13 de dezembro, em formato em on-line, seguindo o protocolo de segurança em combate à pandemia do novo coronavírus. O Pelourinho, o coração cultural de Salvador, foi o grande homenageado da festa literária. A FLIPELÔ é uma realização da Fundação Casa de Jorge Amado e do Sesc (Serviço Social do Comércio). Confira aqui a programação completa.
Mesas temáticas, atividades formativas, saraus, espetáculos adultos e infantis, contação de histórias e shows com artistas baianos fizeram parte da extensa programação. Tudo foi transmitido ao vivo pelo canal www.youtube.com/flipelo.
“A FLIPELÔ acontecerá em uma versão que estamos chamando de especial e vamos fazer uma grande homenagem ao Pelourinho, grande cenário da obra de Jorge Amado, berço cultural da nossa cidade”, declara Angela Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado. “Queremos mostrar ao mundo, com esta edição on-line, como é rica a cultura produzida no Pelourinho, para que no próximo ano mais gente possa estar presencialmente vivendo a FLIPELÔ”, afirmou Angela Fraga.
LEQT presente na Flipelô
A Rede LEQT – Leitura e Escrita de Qualidade para Todos também participou da festa. No dia 11 dezembro, às 16h, aconteceu a mesa Leitura e escrita de qualidade para todos: um desafio, um compromisso, organizada pela LEQT e e Flipelô. Assista no Youtube, no canal oficial da Festa Literária Internacional do Pelourinho.
Para este debate foram convidados a pedagoga e pós-graduada em literatura crítica para crianças e jovens Márcia Licá, do Tocantins, e o sociólogo Wagner Santana, de São Paulo, para refletir sobre o que significa pensar e atuar para garantir leitura e escrita de qualidade para todos, numa sociedade tão desigual e tão marcada por preconceitos e formas de discriminação e de exclusão. A mediação foi de Neide Almeida, socióloga, escritora e secretária executiva da Rede LEQT.
Na mesa, estavam em diálogo três perspectivas: ações construídas tendo como referência a escuta de lideranças indígenas a respeito da formação de leitoras e leitores em seus territórios; questões relacionadas aos livros em diferentes formatos acessíveis e contextos de mediação de leitura acessíveis e inclusivos; e reflexões a respeito do papel e do lugar da produção de autoras e autores negros no processo de ressignificação do que tem sido entendido como leitura e escrita de qualidade.
Sobre os debatedores
MÁRCIA LICÁ nasceu no interior do Tocantins, graduada em pedagogia e pós-graduada em literatura crítica para crianças e jovens. Trabalha há 11 anos na Associação Vaga Lume, que atua com projetos de educação e intercâmbio cultural nos 9 estados da Amazônia Legal, em 22 municípios com fortalecimento contínuo de uma rede com mais de 86 bibliotecas comunitárias em comunidades rurais da região. É cofundadora da Coletiva Fiandeiras, grupo de mulheres negras ativistas de direitos humanos nas favelas Real Parque e Jardim Panorama.
WAGNER SANTANA é sociólogo (USP), com mestrado em comunicação e educação (Universidade Autónoma de Barcelona). Atualmente é Coordenador Técnico da Mais Diferenças, ONG que atua nas áreas de educação e cultura inclusivas, com foco nos direitos das pessoas com deficiência. É também consultor do Setor de Educação da Unesco Brasil. Tem ampla experiência em políticas de educação, cultura, direitos humanos e livro, leitura e bibliotecas. É autor e co-autor de várias publicações nessas áreas.
Sobre a mediadora
NEIDE ALMEIDA é socióloga, mestre em Linguística Aplicada e especialista em Gestão Cultural. Desde 2019 está na Secretaria Executiva da Rede LEQT. Pesquisadora, docente e consultora nas áreas de leitura, escrita, literatura e relações étnico-raciais. Autora e co-autora de diversas publicações nessas áreas. Coordena a Coleção Insurgência, Editora Jandaíra, é co-editora da Revista Sampa Mundi. Em 2018 publicou o livro Nós: 20 poemas e uma Oferenda, pela Ciclo Contínuo Editorial.